












A Advocacia Preta Carioca -APC/Umoja nasceu em 2018 como um coletivo formado pelas advogadas dra. Angela Borges de Andrade, dra.Ferla Belisário da Silva e Luciana Rosa Rodrigues durante o ato em memória de Claudio Junior. Essas mulheres visionárias perceberam a importância de promover a igualdade racial e combater o racismo no campo jurídico.
No ano seguinte, em 2019, a APC-Umoja abriu espaço para discutir a necessidade de apoio à advocacia preta. Reconhecendo os desafios enfrentados pelos advogados pretos e advogadas pretas, a APC-Umoja levantou a voz e iniciou um diálogo sobre como a sociedade e as instituições jurídicas podem proporcionar um ambiente mais inclusivo e igualitário.
Foi nesse mesmo ano que ocorreu o trágico caso de Pedro Gonzaga, na zona oeste da Barra da Tijuca. Esse incidente trouxe à tona a violência e o racismo presentes em nossa sociedade, fortalecendo ainda mais a determinação da APC-Umoja em lutar por justiça e igualdade racial.
Durante a pandemia, a APC-Umoja não recuou em sua missão. Em solidariedade a João Pedro, jovem preto morto durante uma operação policial no Complexo do Salgueiro, a Associação participou da elaboração da “Carta pelos Pobres”. Essa Carta reivindicou o fim da violência estrutural sofrida pelas comunidades preta e clamava por justiça em nome de João Pedro e de tantos outros.
Em 2022, a APC-Umoja deu mais um passo em sua jornada, tornando-se uma pessoa jurídica. Essa mudança permitiu que ampliasse seu alcance e fortalecesse suas ações em defesa da igualdade racial e dos direitos da população negra. A APC-Umoja se envolveu em diversos atos civis, como marchas e mobilizações, levantando a voz contra o racismo e exigindo mudanças efetivas.
A APC-Umoja também está em rede com o movimento “Vidas Negras Importam”, unindo forças e trabalhando em conjunto para combater o racismo e promover a valorização da vida e dos direitos da população negra.
A articulação da “Parede da Advocacia Preta ” da OAB/RJ em novembro de 2022 marcou um momento de visibilidade. O projeto consiste em expor fotografias de advogados e advogadas pretos em um mural, buscando promover a visibilidade e o reconhecimento desses profissionais. Promoveu a conscientização sobre a importância da advocacia preta na luta por justiça social e igualdade racial. Na atualidade a presidente da APC- Dra. Angela Borges AndradeKimbangu,dentre outros e outras associadose assocadas sempre se disponibilizam em acompanhar a visita guiada a galeria ,que é um tributo , da Ordem a Advocacia Preta Carioca do Rio de Janeiro.
Além disso, a articulação da CEDAP Preta em 21 de junho de 2022 serviu como uma oportunidade para refletir sobre as desigualdades estruturais que afetam a população negra e buscar soluções para superá-las.
Um momento marcante para a APC-Umoja, também , foi a participação de sua presidente na lista tríplice da Defensoria Pública da União (DPU), apoiada pela própria organização. Essa indicação demonstrou o reconhecimento da competência e da representatividade da APC-Umoja no cenário jurídico.
A APC-Umoja continua sua trajetória, emancipando advogado(a)s preto(a)s, promovendo ações de conscientização, lutando contra o racismo estrutural e buscando um sistema de justiça mais inclusivo e equitativo para todxs.
A APC tem por missão viver a UNIDADE (UMOJA) entre seus associados e associadas, de modo a levar para toda a advocacia preta, por seus advogados e advogadas, estagiários e estagiárias, bacharéis e estudantes de direito e profissões afins, e para a sociedade, esta unidade, gerando oportunidades de formação, qualificação e trabalho, com ética e dignidade e visando ocupação estratégica de espaços de poder, sempre no respeito e vivência do respeito a diversidade de ser, e, no enfrentamento ao racismo, machismo e misoginia, e a todas as formas de discriminação, na construção de uma cultura antirracista e de uma prática de direito – antidiscriminatório.


Ocupação por todos e todas, associados e associadas da APC-UMOJA, no mercado econômico em melhores oportunidades e condições, de modo a galgar cargos em grandes escritórios e na construção de estratégias para uma prática advocatícia com maiores ganhos econômicos e estratégica.
Assim como, é visão a ocupação de cargos de poder e visibilidade por associados e associadas junto a entidades de representação da advocacia, como conselhos, diretoria e outros, em âmbito estadual e nacional, e de cargos e atribuições relevantes junto a administração da justiça, entre outros segmentos, a partir de seleções públicas, concursos ou nomeações.
No mesmo sentido faz parte da visão a ocupação pelos associados e associadas junto a pós-graduação, mestrado e doutorado, em universidades reconhecidas, sempre no caminho de que a advocacia preta seja a diferença para a sociedade na promoção e defesa dos direitos de pretos e pretas.
Principal valor é a UNIDADE (UMOJA) – no qual todos e todas associados e associadas se ajudam e ninguém fica para trás – andamos juntos e juntas, encontrando sempre pelo diálogo com respeito a construção coletiva de soluções para que a nossa missão seja alcançada.
São também valores fundamentais para a APC-UMOJA – trabalho voluntário comprometido entre associados e associadas para consecução da missão APC-UMOJA; prezar pelo letramento jurídico de cidadania, antirracista e pela diversidade (gênero, formas e outras descolonizações de mentes e práticas); solidariedade ancestral cuja vivência sempre é pautada em uma ética afrodiaspórica – onde haja o compromisso de reconhecimento e respeito público a pretos e pretas.

Nossa associação é composta por advogados e advogadas negras que atuam na cidade do Rio de Janeiro. Esses profissionais visam lutar contra o racismo estrutural que permeia o sistema jurídico brasileiro, promovendo a igualdade racial e o acesso à justiça para todos. Além disso, a Advocacia Preta Carioca tem um compromisso com a defesa dos direitos humanos e sociais, buscando sempre uma sociedade mais justa e inclusiva.